Páginas

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Lobo Guará - características e hábitos de vida




Lobo-guará, o solitário

 .  
.
Tímido e solitário, o lobo Guará  não é nem parente próximo dos lobos do norte ou das raposas. Uma antiga lenda popular brasileira também contribui para a matança deste lindo animal, diz-se que pode-se obter sorte arrancando-se o olho esquerdo de um Lobo-Guará vivo
Olobo-guará (Chrysocyon brachyurus), é o maior canídeo sul-americano e se distribui pelo Cerrado e pradarias da região central do continente. Sua população está ameaçada pela redução e fragmentação de seu habitat devido à expansão agropecuária e urbana.
Ao contrário de outros lobos, que vivem em grupos cooperativos, os lobos-guarás são animais solitários, formando casais na época da reprodução.

Suas características físicas é dito que não há dimorfismo sexual em aparência e nem em tamanho; a altura nos ombros pode variarentre 75 e 90 centímetro; o comprimento da cabeça e corpo varia entre 100 e 125 centímetros; o comprimento da cauda varia entre 30 e 45 centímetros; e o peso de um animal adulto fica próximo de 30 quilos, enquanto que os filhotes possuem peso aproximado de 350 gramas ao nascer. Pode-se dizer ainda que suas pernas são longas, permitindo por exemplos uma melhor visualização e movimentação por sobre capins altos; A pelagem é de um vermelho ferrugem no corpo; o focinho e a extremidade das pernas são detom marrom escuro ou preto e existe ainda uma mancha de pêlos marrons escuros ou negros atrás da nuca e parte dos ombros do animal sendo que esses pêlos são maiores do que os do resto do corpo e em certos momentos, como encontros agonísticos por exemplo, podem se eriçar dando um aspecto de “crina” ao lobo guará; A garganta, dentro das orelhas e a ponta da cauda são brancas Os lobos guarás selvagens são onívoros e se alimentam de uma grande variedade de itens, sendo que mudanças sazonais na disponibilidade de alimento resulta em mudanças dos componentes da Dieta do animal.
Entre alimentos vivos incluem pequenos mamíferos (Como, por exemplo, roedores e tatus), gastrópodes, répteis e ovos de aves.

Fruta do lobo - antiparasitária


O lobo Guará é bastante dependentes da lobeira (Solanum lycocarpum) e estabelece com esta planta uma relação simbiótica: sem os frutos da lobeira o lobo-guará morre de complicações renais causadas por nemátodos, e em contrapartida tem um papel fundamental na dispersão (pelas fezes)  das sementes desta planta. Foto de  M. Kuhlmann
Em relação a sua dieta vegetariana, seu principal alimento é o Solanum lycocarpum, comumente chamado de lobeira ou fruta do lobo. Essa fruta, não estacional, é um componente importante na dieta do lobo guará por todo o ano. A lobeira parece um tomate grande de cor amarelada quando maduro e, de acordo com Matera (1968), desempenha um papel importante no tratamento do verme gigante do rimDioctofimose (Dioctophyma renale), um parasita comum em lobos guarás, embora a evidencia científica ainda não é 100%comprovada; Cerca de 58% da dieta dos lobos guarás é com lobeira, 28% com pequenos mamíferos, 2,3% com aves e 11,7% nos restantes de alimentos pertencentes a dieta do animal, como répteis, gastrópodes e demais alimentos não classificados. A presença de sementes de lobeira são encontradas em 74% das amostras de suas fezes

Os lobos guarás vivem em pares familiares que ocupam, em média,uma área de cerca de 30 km².
Esses animais costumam ser noturnos ou crepusculares em relação a suas atividades. Geralmente um casal, monogâmico por toda a vida, divide a mesma área, mas raramente são vistos juntos exceto durante a estação de reprodução. Os territórios são marcados por locais específicos de defecação e demarcações que representam barreiras físicas, como rios e em alguns casos estradas. Essas marcações por defecação geralmente são feitas em superfícies elevadas, como morros.
..

O Lobo Guará emite latidos


.
O lobo-guará não ataca seres humanos. De temperamento tímido e arredio, apenas rosna quando acuado e ameaça avançar para proteger seus filhotes. Acredita-se que o lobo guará se utiliza de latidos tanto para localização dentro do território quanto para promover o espaçamento dos indivíduos pela fuga. Segundo os biólogos, o lobo guará em seu estado selvagem seja monoestro (um único período de ovulação por ciclo) com presença de estro (fase de ovulação propriamente dita) por aproximadamente 5 dias. A gestação de uma fêmea varia entre 63 e 70 dias e ao dar a luz geralmente nascem de 2 a 5 filhotes, sendo que a maioria das crias nascem durante estações de secas.
.
Entre os lobos Guará não há disformismo sexual em aparência e nem em tamanho

Lobo Guará e filhotes


Os filhotes do lobo Guará nascem pretos, com a ponta da cauda branca e pesam aproximadamente 350 gramas. O lobo guará tem seus filhotes somente no mês de junho e quando nascem a fêmea não sai da toca e é alimentada pelo macho.
As fêmeas escondem o alimento na sua toca antes de dar a luz. Essas tocas são geralmente pontos estratégicos pertencentes a própria topografia da região aonde o animal vive, como por exemplo pontos baixos de capinzais ou morro que tenha passado por algum processo de erosão, já que não existe provas de que um lobo guará seria capaz de escavar sua própria toca.
O tamanho considerado ideal de uma toca esta próxima a 60 centímetros de largura por 100 centímetros de profundidade. Ao dar a luz, o casal defendem os locais do ninho ou toca até que os filhotes consigam achar seu próprio alimento.

Ouriço-cacheiro



O ouriço-cacheiro - seus espinhos são pelos modificados

Oouriço-cacheiro é maior insetívoro da nossa fauna, com um comprimento do corpo entre 18 e 20 cm e cerca de 1 kg de peso máximo, sendo o valor mais habitual os 700 g. A espécie Coendou prehensilis pode ser encontrada em florestas da Venezuela, Guianas, norte da Argentina, Bolívia , Trinidad e Brasil. O ouriço transita pelas orlas das matas, entrando então, em contato com animais domésticos e com os humanos. E pode ser também encontrado em regiões do Cerrado: cerradão, mata, mata ciliar, veredas e ambientes alagadiços.
É facilmente identificado por ter o dorso coberto de espinhos longos e aguçados, de cor acastanhada variando do amarelo-claro, passando por marrom, até quase preto, com bandas escuras nas extremidades e conta com a sua coloração como camuflagem, mas quando ameaçado enrola-se numa bola expondo apenas a face de uma forma que nenhum outro animal possa vê-la.

Vive nas florestas da América do Sul e não deve ser confundido com os porcos-espinhos europeus e americanos, que pertencem a uma outra família de roedores. Arborícola.
Muito frequentes na fauna brasileira, estão adaptados para a vida nas árvores. Usam a cauda para prender-se aos galhos e mover-se entre as árvores. É à noite que o ouriço-cacheiro sai em busca de alimento: folhas e cascas de árvores. Sua cauda longa e preênsil tem entre 30 a 38 cm, com a parte anterior espinhosa e a posterior nua. Tem um sentido de visão pouco desenvolvido, ao contrário da audição e do olfato.

Ouriço-caixeiro é um animal pacífico

Os espinhos do ouriço são pelos modificados

Inofensivo e lerdo, o ouriço-cacheiro conta com uma perigosa arma para se defender do inimigo: tem o dorso totalmente coberto por espinhos que se destacam facilmente de seu corpo, espetando-se em quem quer que tenha a ingenuidade de atacá-lo, e ao contrário do que muitos acreditam, esse animal não é capaz de lançar os espinhos contra seus inimigos.

Os cães que ousam mordê-lo são as vítimas mais frequentes de seu revide automático. Uma vez cravados na carne, os espinhos não se soltam sozinhos, e podem dar origem a inflamações graves.

Em tempo:

A maneira menos dolorosa de se retirar os espinhos é cortar suas pontas com uma tesoura, que dessa forma eles murcham e podem ser puxados saindo com facilidade e quase sem dores.


Com farpas afiadas dos seus 10 cm como arpão, o espinho penetra lentamente no corpo da vítima, chegando cada vez mais fundo. Por isso mesmo, a maioria dos animais evita o ouriço-cacheiro, que nunca precisa lutar. Se ameaçado, simplesmente eriça os espinhos e aguarda, tornando-se praticamente inatacável.
Focinho curto, achatado, grande e redondo. Membros munidos de quatro dedos com unhas bastante curvas que usa para escavar. A fêmea pouco difere do macho. É solitário, sai à noite ou na hora do crepúsculo em busca de alimentos como sementes de frutos, cocos, cascas de árvores, raízes e folhas que vai buscar nas árvores pelas quais trepa com muita facilidade valendo-se das unhas curvas que tem nos quatro dedos das patas e da cauda semelhante à dos macacos.
De dia descansa no alto das copas das árvores ou abriga-se em troncos ocos. Sua toca é construída de forma bastante cuidadosa sendo que ela contém mais de uma galeria, ou seja, é como se fossem os diversos ambientes de uma casa como a nossa. Roedor contumaz de cascas de árvores, vagens de sementes e espigas de milho, o ouriço-cacheiro se alimenta também de frutas, com particular predileção pela goiaba e a banana. Em geral, só empreende suas incursões por comida à noite.
Os ouriços-cacheiros são animais solitários e territoriais. Eles se encontram para a reprodução entre os meses de abril. e agosto, quando os machos estão fecundos, sendo fácil de notar os rituais de acasalamento, pois macho e fêmea andam cerca de uma hora em volta um do outro, enquanto vão fazendo um ruído semelhante ao resfolegar. Depois da cópula, o macho abandona a fêmea e só a ela cabe a responsabilidade de criar os filhos.
Cada ninhada é composta de quatro a sete crias e ninho construído com folhas secas. Em três meses os filhotes estão prontos para deixar o ninho e, em condições ideais podem viver até 7 anos.
Em cativeiro, um ouriço já viveu 17 anos e 4 meses.

Os filhotes do ouriço nascem cegos e sem pelos


Os filhotes nascem cegos e sem pelos. Mas passadas apenas algumas horas começam a aparecer alguns picos pequeninos e brancos, muito moles e que vão ficando mais escuros e até serem castanhos e duros como os dos seus pais.


Filhote de ouriço

Tamanduá bandeira - em extinção

Possui hábitos de atuação crepusculares e solitários.
tamanduá-bandeira, urso-formigueiro-gigante ou papa-formigas-gigante (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero xenartro da família dos mirmecofagídeos. Os tamanduás, juntamente com os tatus e os preguiças pertencem à Ordem Xenarthra que significa "articulação diferente". encontrado nas Américas Central e do Sul. Os tamanduás são os únicos mamíferos que não possuem dentes, enquanto que seus “parentes” tatus e preguiças possuem dentes incompletos, sem a presença de esmalte.
Ele é quadrúpede assim como a vaca, o cavalo ou o cachorro. Mas nenhum bicho desse mundo pode ser confundido com um tamanduá: o bico fino e comprido, o corpo peludo e magro e o rabo que parece um espanador de pó fazem do tamanduá um bicho muito diferente.

Perigo de extinção

No Brasil o tamanduá bandeira encontra-se em perigo de extinção, cujas fêmeas têm um único filhote por ano, muito pequeno e frágil, que é carregado nas costas da mãe até cerca de um ano de idade, tornando-se assim muito vulnerável aos predadores, além de que a fêmea não tem um instinto materno muito apurado e algumas vezes abandona sua cria logo nos primeiros dias de vida. Outro grande problema que pode afetá-los é a destruição do seu habitat.

 Tamanduá bandeira - ameaçado de extinção
Um tamanduá-bandeira adulto pode atingir 60 kg de peso e um comprimento até 120 cm, mais 90 cm para a cauda
Pelagem cinza com uma diagonal preta bordejada de branco, estendendo-se até o peito, sobre os ombros em direção às costas
É encontrado nos campos e Cerrados e em boa quantidade no Centro Oeste.
Desdentado, bicudo, disforme, sua marcha é vagarosa, dificultada pelas garras que são voltadas para dentro, evitando o desgaste das unhas no contato com o solo, pois é com elas que escava os formigueiros e rompe os duríssimos cupinzeiros.
O tamanduá tem um olfato 40 vezes melhor que o do homem. Comprido e afilado, e seu órgão de defesa mais importante, a tal ponto que, quando vai dormir, esconde a ponta do focinho embaixo da sua grande cauda. Este focinho também e responsável por sua alimentação. Como só come insetos pequenos, que engole sem mastigar.

Pasto com cupinzeiros do Cerrado goiano
Cupinzeiro do Cerrado goiano.

O cupinzeiro é um aglomerado de terra e outros resíduos, edificado pelos cupins constituindo o seu ninho.

Cupins do cupinzeiro
Pacífico, alimenta-se de formigas e cupins que se escondem nos enormes cupinzeiros do cerrado. Vive no chão, mas sobe bem nas árvores e é capaz de nadar. Por ser míope, de pouca audição e sem defesa, não é dos maiores corredores do mundo animal, e por isso é um alvo fácil para os caçadores. Solitário, fica dormindo a maior parte do dia em lugares escondidos e cobertos com a própria cauda.
Possui focinho longo e fino sua língua que mede (aproximadamente 60 cm). Funciona como um aspirador de insetos. Destrói os formigueiros e cupinzeiros com as garras dianteiras e comem aproximadamente 35.000 unidades por dia, normalmente formigas, cupins, larvas, besouros.

Abraço de tamanduá


Para aprisionar os insetos, o tamanduá usa a língua fina, comprida e gosmenta. As garras também são utilizadas para se defender dos predadores, situação na qual o tamanduá-bandeira abraça seu predador para cravar-lhe as longas garras. É daí que surge a expressão popular “abraço de tamanduá”.

O tamanduá-bandeira não é um bicho agressivo, mas sabe defender-se muito bem. Quando atacado, ergue-se sobre as patas traseiras e maneja suas afiadas garras da pata dianteira. Quando o inimigo é maior e mais feroz, como a onça, o tamanduá apara o bote no peito e fecha o atacante num abraço, crava-lhe as unhas nas costas e não larga mais. O resultado é um empate - ou morrem os dois,ou ambos se afastam feridos.
.

.

Filhote do tamanduá bandeira

.

Possui hábitos de atuação crepusculares e solitários. Os casais encontram-se somente na época do período reprodutivo, como no caso da onça, ou então durante a amamentação, no caso das fêmeas. Após uma gestação de 190 dias, nasce apenas um filhote com cerca de 1,3kg.
.
Nasce com 1,20 kg, com olhos abertos e passam aproximadamente 1 ano agarradinhos no dorso da mãe, onde encontram calor, proteção e alimentação. Sua gestação dura 190 dias e gera apenas um filhote por ano, que nasce no início da primavera. Vive de 15 a 25 anos.

Infelizmente o tamanduá-bandeira é mais um animal ameaçado de extinção devido ao fato do homem estar destruindo seu habitat. Os fatores que têm contribuído para isso são: a caça indiscriminada, as queimadas (e seu pêlo é extremamente inflamável) e o avanço da agropecuária no Cerrado (ecossistema que, por ser bem aberto, não possui lugares onde o tamanduá-bandeira possa se esconder).

O tatu


 .
 .
O tatu é um mamífero que possui uma espécie de carapaça (armadura) que cobre e protege seu corpo.
.
  • Habitat: Campos, cerrados e bordas de florestas, onde escava túneis para se esconder
  • Alimentação: É onívoro e a dieta consiste de insetos (principalmente larvas) e outros invertebrados, pequenos vertebrados e alguns vegetais, como raízes e frutos (besouro, cobra, minhoca, lagartixa, carniça).
  • Reprodução: De 60 a 65 dias de gestação. Os filhotes atingem a maturidade aos 9 meses.
  • Longevidade: 15 anos. Localidades onde vive: Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai, Suriname e Uruguai.
Vale dizer que no Brasil existem oito gêneros e 21 espécies conhecidas de tatus. Todas são originárias das Américas e pertencentes à mesma família, a Dasypodidae.


Otatu quando nasce tem a couraça muito mole mas com os desenhos que o distingue do adulto. Com o tempo, a pele vai engrossando e endurecendo no dorso e nos lados e acaba como uma armadura. A cor da couraça é amarelo-avermelhada, com a pele fina que une as peças de cor enegrecida, porém como está sempre coberta de terra parece de cor parda assim como os pêlos. Os escudos dorsais, anterior e posterior, são compostos de múltiplas peças pequenas soldadas entre si, esses escudos são separados uns dos outros por 5 ou 6 faixas transversais móveis, ou seja, fileiras (cintas) separadas por pele, que se faz de elástico quando é preciso, a pele se estica e as fileiras se mexem, dessa forma consegue virar e dobrar o corpo. Os bordos laterais da couraça são denteados como pontas agudas parecendo serra. A cabeça é triangular e o escudo que a cobre é composto de muitas escamas ósseas, deixando de fora o focinho, os olhos pequenos e as orelhas que não são muito compridas. A cauda é curta, cônica e coberta por fortes escamas. As patas são curtas e armadas com 5 fortes unhas
A carne do tatu é muito consumida principalmente em fazendas e sítios onde são caçados pelos cachorros, fato este gerador de riscos já que o tatu é um "reservatório" natural de doenças sendo que a mais conhecida é a Doença de Chagas , que de adquire através do contato direto com o sangue do animal.


Para fazer a sua toca, o tatu cava túneis muito profundos na terra mole da floresta. É na toca que passa a maior parte do dia e ela é tão grande que podem morar lá vários tatus. Dorme em cama de folha, passa o dia na toca, descansando ou caçando bichinhos. As vezes sai da toca para tomar sol, à noite sai à caça de comida. No período reprodutivo, ou quando se excita, expele um odor almiscarado bem desagradável. Pode ter de 2 a 4 filhotes por gestação que dura em média 60 dias. Em cativeiro, porém, o tatu não se reproduz bem. Embora não procrie perto do homem, o tatu peba gosta de humanos, fica manso e "pede carinho", chegando perto para que lhe cocem as costas. É desprovido de incisivos e caninos, mas defende-se com as unhas e pode morder quando ameaçado. Alimenta-se debesourominhocalagartixacobraraízesfrutosformigaspequenos vertebrados e carniça. Pode ser conhecido como "papa-defunto" porque às vezes alimenta-se no cemitério; também invade roças em busca de raízes. Quando manuseado pode morder para se defender. Pesa em média 5Kg, vive geralmente 15 anos. É um animal solitário. Tem a visão pouco desenvolvida, mas possui um bom olfato que é utilizado para procurar seu alimento. Ocupa campos, cerrados e bordas de floresta onde escava túneis para se esconder.

O termo tatu-bola é a designação comum aos tatus do gênero Tolypeutes, representado por apenas duas espécies, encontradas da Bolívia à Argentina. Tais espécies contam com cerca de 30 cm de comprimento, coloração marrom anegrada e geralmente três cintas móveis. Quando se protege de outros predadores, o tatu enrola-se completamente dentro da carapaça , formando uma bola de armadura quase indestrutível. Nem um atropelamento de um veículo consegue perfurar a espessa armadura que o cobre. Também são conhecidas pelos nomes de aparaparatatuapara.

A gravidez da mãe tatu demora mais ou menos dois meses. As crias nascem entre dois a quatro por ninhada. Os filhotes do tatu nascem sem pelos, sem dentes, sem ouvir, sem ver e com a boca tapada por uma membrana que só tem uma pequena abertura que lhes permite mamar.
.

Coruja buraqueira

.

O Brasil é o país de maior biodiversidade do mundo, e um dos maiores em quantidade de espécies de aves, de maneira que nossa avifauna é muito rica compondo-se de muitas famílias com uma enorme quantidade de espécies.
Quanto as corujas, possuímos 34 formas entre espécies e subespécies.



. Nome Vulgar: Coruja Buraqueira  
. Científico: Athene cunicularia  
. Família: Strigidae
. Peso:100 a 200 g Envergadura de 50-61cm: 20 a 30 cm  
. Vivem nos Campos e Cerrados de todo o Brasil.

.
A coruja-buraqueira possui este nome pois vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua própria cova, vivem nos buracos abandonados de tatus, cachorro de pradaria e tocas de outros animais. De porte pequeno, a Coruja-buraqueira possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos, e pernas longas. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. É uma ave tímida, por isso, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores.Tem vôo suave e silencioso.

Com olhos grandes e amarelos, a coruja-buraqueira tem a visão 100 vezes mais aguçada que a do homem e seus olhos estão dispostos frontalmente, como os do ser humano. Quando necessita olhar algum objeto ao seu redor gira o pescoço em um ângulo de até 270 graus, e 180 graus de cima para baixo aumentando assim o seu campo visual. Essa disposição frontal, proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objeto com ambos os olhos e ao mesmo tempo), isso significa que a coruja pode ver objetos em três dimensões, ou seja, altura, largura e profundidade. Além de sua privilegiada visão, a coruja-buraqueira é dona de uma audição potentíssima, conseguindo localizar e abater sua presa com apenas este sentido.
A coruja é uma ave de rapina, portanto mata para se alimentar. A tradução da palavra rapina é "roubo", o que caracteriza o fato de tais aves retirarem a vida de suas presas.
O período reprodutivo da coruja-buraqueira começa nos meses de março e abril, os ninhos são feitos no solo, aproveitando antigas tocas de tatus ou simplesmente promovem a abertura de novos ninhos, num trabalho revezado entre o casal.
casal de coruja buraqueira - foto de Silvio SerranoOs ninhos são escavados com os pés e bicos, formando uma galeria horizontal de até 3 m de profundidade por 30cm-60cm de largura. Em média botam de 6 a 12 ovos, que são incubados por 28 dias pela fêmea; fica por conta do macho proteger o ninho e procurar alimento para toda a prole.
Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos atraídos pelo cheiro. Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho são tarefa do macho.

Coruja buraqueira - mãe e filhotes - Foto de Celso Queiroz
Com 14 dias os filhotes já ficam empoleirados na saída da cova, aos 44 dias saem do ninho e com 60 dias estão caçando pequenos insetos. São extremamente protetoras dos ninhos e filhotes. A qualquer sinal de perigo, emitem um som forte e alto. Ao ouvirem o sinal de alerta dos pais, os filhotes entram no ninho rapidamente. Elas dão vôos rasantes em cima de qualquer animal ou até mesmo pessoas que invadem os seus territórios. Ficam agressivas quanto se trata de proteger os filhotes, porém são muitas vezes tranquilas quando não estão reproduzindo.

Corujas-buraqueira -Foto de Cristian Dimitrius
Elas têm um papel muito importante para o equilíbrio natural, se alimentando de roedores, baratas, escorpiões, aranhas, pequenas cobras. Alimentam-se também de pequenos pássaros e filhotes de ninhos próximos. A maioria de sua caça é crepuscular, insetos na luz do dia e mamíferos pequenos na noite, caça a vôo, e ás vezes perseguem sua presa a pé. Mas caçará durante todo um período de 24 horas. À noite, a atividade é maior, pois é o período em elas fazem a maioria das caçadas. Executam cantos noturnos característicos das corujas, chamados de acasalamento, diferentes dos silvos diurnos de alerta.

A coruja buraqueira tem o hábito de ficar sobre uma perna, o que não é copiado por outras corujas. - foto de Humberto Russo
Um bom momento do fotógrafo Humberto Russo que registrou a coruja buraqueira sobre uma só perna,  um gesto específico  que nenhuma outra espécie de coruja faz.
A coruja como a grande maioria dos animais possui território de caça. São "equipadas" com adaptações especiais que as tornam predadoras eficientes, sendo uma delas o voo. Sempre muito silenciosa e sorrateira, isso devido às penas especiais de sua asa, muito macias e em grande quantidade, conseguem cortar o ar e planar por muito tempo sendo muito discretas e imperceptíveis às suas presas. A observação das presas se dá no alto de árvores ou em mourões de cercas nos pastos e até durante o vôo silencioso, quando fazem uma varredura na área de caça. Quando um alvo é avistado a coruja voa silenciosamente até ele, mantendo sua cabeça em linha reta ao alvo, quando então a joga para trás e empurra suas garras para frente a fim de prender seguramente sua presa. A força do impacto é violenta e certeira não dando chances à presa. Posteriormente a vítima é morta pela pressão do bico, num processo de abatimento de presas no solo.

Onça pintada também vive no Cerrado brasileiro
  • Reino: Animalia
  • Filo: Chordata
  • Classe: Mammalia
  • Ordem: Carnivora
  • Família: Felidae
  • Gênero: Panthera
  • Espécie: Panthera onça


.
Àprimeira vista, a onça pintada parece-se muito com o leopardo. Contudo um exame mais detalhado mostra que sua padronagem de pêlo apresenta diferenças significativas. Enquanto o leopardo apresenta rosetas menores mas em maior quantidade, as manchas da onça são mais dispersas e desenham uma roseta maior, algumas delas com pontos pretos no meio.A cabeça da onça é proporcionalmente maior em relação ao corpo. O grande declínio do seu habitat no norte e a fragmentação nas outras regiões, contribuíram para o estado de ameaça iminente. Na década de 1960, houve uma diminuição significativa no número de indivíduos, pois anualmente mais de 15 000 peles foram exportadas ilegalmente da Amazônia Brasileira.
Ocorre em vários tipos de habitat, desde florestas como a Amazônica e a Mata Atlântica, até em ambientes abertos como o Pantanal e o Cerrado. São animais de hábitos solitários, tendo maior atividade ao entardecer e à noite. São territorialistas, ocupando, na dependência do tipo de habitat, de25 a mais de 80 km², onde o território de um macho se sobrepõe ao de duas ou mais fêmeas.
.

A onça pintada e sua mordida poderosa


.
A onça pintada é o maior mamífero carnívoro do Brasil, necessita de pelo menos 2 kg de alimento por dia e é uma excelente caçadora. Suas principais presas são antas, veados, capivaras e até mesmo jacarés.

Onça pintada capturada por pesquisadores durante uma campanha do PARNA (Parque Nacional do Pantanal) para coletar dados do animal. É um trabalho importante para se conhecer mais sobre o bicho. Após a coleta de dados ela é devolvida ao seu habitat. Os dentes estão sujos de barro, conforme informações do fotógrafo Cristian Dimitrius.

Onça pintada apreendida pelos pesquisadores a fim de colher dados para estudo. Fotografia de Cristian Dimitrius
Foto colhida no blog do fotógrafo e cinegrafista Cristian Dimitrius onde ele relata a aventura da captura da onça por pesquisadores para coleta de dados no PARNA - Parque Nacional do Pantanal.

Possui caninos fortes e dentes carniceiros bem desenvolvidos e especializados para cortar. Os dentes carniceiros funcionam quase como uma tesoura, sendo muito eficientes para romper a carne das presas. A superfície da língua é coberta por papilas que dão um aspecto de lixa, ajudando a raspar a carne dos ossos.É capaz de partir com seus caninos mesmo os maiores ossos, como o crânio de uma anta, ou até cascos de tartaruga sendo o único felino a fazer isto. Pode abater uma enorme variedade de presas – e as abate, pois quase nenhum animal escapa à sua voracidade.

.

ONÇA PINTADA: o mais agressivo dos felinos

.
A onça-pintada  é o predador topo de cadeia alimentar.
Mas, devido ao porte encorpado e às pernas relativamente curtas, não é uma boa corredora – e prefere a emboscada.
Ela move-se silenciosamente, com cabeça abaixada: as manchas de seu pêlo constituem uma perfeita camuflagem.
É uma exímia nadadora, capaz de atravessar até 1 quilômetro de rio atrás de comida ou de companheiros para reprodução, e consegue subir com destreza em árvores. Para pescar, agita a cauda sobre a superfície do rio para atrair o peixe que ela pega com uma patada.

No Pantanal uma onça pintada atacando e matando um jacaré - foto de Juliano Macedo/ VC no G1
Onça pintada caçando uma capivaraOnça pintada caça e domina um jacaré
Momentos da caça da onça pintada:uma capivara e dois jacarés

Sobre a onça pintada assim fala o sr. João Pequetito, 81 anor, ex boiadeiro e violeiro de Poconé/MT.
.
.

A onça pintada: força de trator

.
"Já vi onça pegar muita criação. Ela vem sondando e, quando o gado assusta, ela já voou no boi. Pega com uma unhada no nariz, outra no lombo, e aí mete o dente na nuca. Quebra o pescoço. Ela arrasta um boi inteiro. Porque onça não come no lugar que matou. O bicho tem força como se fosse uma esteira de trator. É muito perigoso esbarrar na carniça com ela por perto"
Apesar disso, a onça não se furta em comer pequenos animais se a chance lhe aparece. As maiores ameaças ao jaguar são o desmatamento por todo seu habitat, a caça pela pele, a fragmentação dos habitats e o comportamento dos pecuaristas, que frequentemente caçam ou envenenaram as onças-pintadas para tentar proteger o gado. Originalmente, ocorriam desde o sul dos EUA até o Uruguai e Pampas argentinos. Sua distribuição geográfica foi reduzida em virtude da ocupação humana, sobretudo para a exploração agropecuária. A onça pintada já foi extinta dos EUA desde 1986, tendo sido avistada pela última vez no Arizona.

Foge da presença humana e mesmo nas histórias mais antigas, são raros os casos de ataque ao ser humano. Como necessita de um amplo território para sobreviver, pode "invadir" fazendas em busca de animais domésticos, despertando, assim, a ira dos fazendeiros que a matam sem piedade. Por esse motivo, e sobretudo pela rápida redução de seu habitat, esse felídeo, naturalmente raro, ainda encontra-se a beira da extinção no Brasil.
.
A onça pintada necessita de um território de 10 a 40km².
A onça é o maior felino das Américas, com 80 cm de altura, comprimento em média 1,80 m (macho) e 1,40 m (fêmea) até podendo alcançar até 150kg. As patas curtas não lhe permitem longas corridas, porém lhe proporcionam grande força, fundamental para dominar animais possantes. Ocasionalmente esses felinos atacam e devoram grandes serpentes (jibóias e sucuris), em situações extremas.

Onça pintada em acasalamento - foto do site focustoursAcasalamento da onça pintada
A onça pintada com seu filhote
Durante a época do acasalamento, a onça pintada, que é um animal muito solitário, procura um par. A gestação dura cerca de 100 a 120 dias e pode ocorrer o nascimento de até 4 filhotes. Os bebês nascem cegos e enxergam somente após duas semanas de vida. Com três meses de vida o filhote começa a sair da toca, para ser ensinado pela mãe a viver sozinho. Após esse período, começa a sua vida solitária. Os machos atingem a maturidade sexual aos três anos e meio e a fêmea aos 2 anos de idade.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Zebra

Como ler uma caixa taxonómicaZebra
Zebra na África do Sul

Zebra na África do Sul
Classificação científica
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Classe:Mammalia
Ordem:Perissodactyla
Família:Equidae
Género:Equus
Subgénero:Dolichohippus
Hippotigris
Espécies
As zebras são mamíferos, membros da mesma família dos cavalos, os equídeos, nativos da África central e do sul. A pelagem deste animal consiste num conjunto de listras contrastantes de cor, alternadamente, pretas e branca, dispostas na vertical, exceptuando nas patas, onde se encontram na horizontal. São geralmente animais sociais que vivem desde pequenos harém a grandes rebanhos. Ao contrário de seus parentes mais próximos, cavalos e burros, zebras nunca foram verdadeiramente domesticadas.
É nas savanas africanas onde as zebras habitam. Encontram-se distribuídas por famílias: machofêmeas e filhotes. Estes animais, por serem atacados habitualmente por leões, podem se tornar animais extremamente velozes, pois para fugirem dos predadores, utilizam a fuga e seus fortes coices, podendo quebrar até a mandíbula de um felino. As listras das zebras vão escurecendo com a idade, e estes animais, embora se pareçam, não são todos iguais.
Há três espécies de zebras: a zebra-da-planície, a zebra-de-grevy e a zebra-da-montanha. A zebra-das-planícies ea zebra de montanha pertencem ao subgénero Hippotigris, mas a zebra-de-grevy é a única espécie de subgénero Dolichohippus. Esta último se assemelha a um jumento, à qual está intimamente relacionada, enquanto os dois anteriores são mais parecidos com cavalos.. Todos as três pertencem ao género Equus, junto com outros equídeos vivos.
Não se encontram à beira da extinção, embora a zebra-das-montanhas esteja ameaçada. A subespécie de zebra-das-planícies conhecida como cuaga (do inglês quagga, que designa o som que o animal produzia cuahaa), Equus quagga quagga, estava extinta, mas projetos de cruzamento entre zebras com coloração semelhante já recuperaram a espécie antes extinta, e o projeto liberou com sucesso vários exemplares na natureza.
As zebras são animais herbívoros, e se alimentas preferencialmente em pastagens da savana africana.


Características físicas

A zebra-das-planícies mede cerca de 1,3 m no ombro, com um corpo entre 2e 2,6 m de comprimento, com uma cauda de 0,5 m. Ela pode pesar até 350 kg, sendo os machos um pouco maior do que as fêmeas.
Zebra-da-planície, norte daTanzânia
A zebra-de-grevy possui 1,5 m de altura no ombro e pesa cerca de 450 kg. Suas listras são muito estreitas, não cruzam sobre a parte inferior das costas como fazem as zebras-da-montanha-do-cabo.
Zebra-de-Grevy. Lewa, Quênia
A zebra-da-montanha-do-cabo é a menor zebra, de pé mede cerca de 1,2 m na altura do ombro e pesa cerca de 272 kg. As listras da zebra-da-montanha-do-Cabo são ligeiramente mais largas e mais curtas do que as da outra subespécie, a zebra-da-montanha da Namíbia. A zebra-da-montanha-do-Cabo tem uma barbela sob o maxilar inferior, que outras zebras não têm.

Listras

Anteriormente acreditava-se que zebras eram animais brancas com listras pretas, uma vez que algumas zebras têm ventres brancos. Evidências embriológicas, no entanto, mostram que a cor de fundo do animal é preto e as listras brancas e barrigas são adições. É provável que as tiras são causadas por uma combinação de fatores.
As tiras são geralmente verticais na cabeça, pescoço, parte dianteira, e corpo principal, com riscas horizontais na parte de trás e nas pernas do animal.
Uma grande variedade de hipóteses têm sido propostas para explicar a evolução das listras marcantes de zebras. A mais tradicional destas (1 e 2, abaixo) referem-se a camuflagem.
  1. A segmentação vertical pode ajudar a esconder zebra na grama pertubando o seu contorno. Além disso, mesmo a distâncias moderadas, as listras impressionantes aparentam um cinza claro.
  2. As listras podem ajudar a confundir os predadores pelo movimento do bando - um grupo de zebras em pé ou em movimento juntos podem parecer como uma grande massa de listras tremeluzentes, tornando mais difícil para que o leão escolha um alvo.
  3. As listras podem servir como pistas visuais e identificação. Embora o padrão de listras seja único para cada indivíduo, não se sabe se as zebras podem reconhecer uma a outra por suas listras.
  4. Experimentos feitos por diferentes pesquisadores indicam que as listras são eficazes em atrair menos moscas, incluindo moscas tsé-tsé sugadoras de sangue e mutucas. Uma experiência de 2012 na Hungria mostrou que os modelos listrados eram quase minimamente atraente para tabanídeos mutucas. Estas moscas são atraídas para aluz polarizada linearmente, e o estudo mostrou que as listras pretas e brancas perturbam o padrão atraente. Além disso, a atratividade aumenta com a largura de banda, por isso, as listras relativamente estreitas das três espécies vivas de zebras deve ser pouco atraente para mutucas.

Comportamento

Zebras são animais sociais como a maioria dos equídeos e vivem em grupos sociais. Entretanto, a organização social não é a mesma.

Organização social

Zebra-da-planície

Zebras-da-planície se unem em grupos sociais que consistem de haréns.
A zebra-das-planícies tem um sistema social complexo, com a principal unidade social que consiste de um "harém", que conta com um único macho, de um a seis fêmeas, que são tipicamente independentes, e um número de filhotes. O macho dominante tem acesso exclusivo de reprodução comfêmeas, mas deve lutar contra os machos solteiros desafiantes. As lutas são ferozes, e envolvem mordidas bem como batidas poderosas com as patas da frente e coices com os pés traseiros. Se o desafiante prova vitorioso, o macho é conduzido para longe do harém, e, geralmente, vai participar de um grupo de machos solteiros que ainda tem que não tiveram um confronto bem-sucedido, é velho demais para competir, ou também foram expulsos.
Curiosamente, grandes rebanhos de zebra das planícies, por vezes, se formam, geralmente quando pastando, dormindo ou se movendo entre as áreas; e são compostas de grupos de solteiros, bem como haréns. Elas também costumam se juntar a outras espécies em migrações. A migração é bem estudada na região do Serengeti-Mara, onde, com gnus-azuis e gazelas, rebanhos embarcam na maior migração no mundo.17
Zebras e gnus-azuis se juntam numa enorme migração na região do Serengeti.
Quando o grupo está se alimentando ou bebendo, um animal fica de guarda. Se um predador se aproxima , como um bando de cães-selvagens-africanos ou leões, o garanhão se move para a parte de trás do rebanho em fuga e garante que nenhum único animal fica para trás ou se separa e se torne vulnerável a ataques. Zebras que ficam isoladas chamam a atenção para a sua situação, fazendo um som áspero como uma combinação de latido e zurro, que atrai as outras zebras de volta para protegê-la.

Zebra-da-montanha

Esta espécie vive em rebanhos de criação, composto por um macho adulto, de 1 a 5 fêmeas adultas e seus filhotes. Todos os membros ocupam uma posição dentro de uma hierarquia social, liderada pelo garanhão adulto dominante, que é responsável pela defesa do rebanho Rebanhos de reprodução habitam locais coincidentes um com os outros, sem evidências de territorialidade, e às vezes rebanhos até mesmo se juntam para formar as populações temporárias maiores de até cerca de 30 indivíduos.
Machos excedentes vivem em grupos de solteiro, a partir do qual os indivíduos tentam periodicamente estabelecer um novo rebanho de cria com jovens do sexo feminino ou assumir um rebanho existente, enfrentando o garanhão dominante.18 No entanto, os rebanhos de criação, muitas vezes permanecem estáveis ​​ao longo de muitos anos (até 20 registrados), com éguas geralmente permanecendo em um rebanho pot toda a vida. Novos garanhões pode precisar passar por corte de até três anos antes de éguas em um rebanho aceitarem o seu novo garanhão.

Zebra-de-grevy

As zebras se reúnem em bandos. Zebras-de-grevy na Reserva Natural de Samburo,Quênia
Zebras-de-grevy tem uma sociedade muito mais aberta do que os de outras espécies de equídeos e associações entre os indivíduos, a não ser entre uma mãe e seu potro, raramente duram mais do que alguns meses.
Dentro de uma única população, cerca de dez por cento dos garanhões maduros vai ocupar territórios dos quais eles têm acesso exclusivo às fêmeas receptivas, embora outros homens ainda são tolerados dentro da área, as fêmeas não são fornecidas no cio. Esses territórios são patrulhados e marcados com esterco e são os maiores de todos os herbívoros vivos, com até 10 km². Machos territoriais também vocalizam alto para afirmar seu domínio no território.
Grupos temporários de entre seis a vinte zebras-de-grevy também formam e podem ser do mesmo sexo ou mistos.

Comunicação

Entre todos os membros da família do cavalo, o posicionamento das orelhas, o alongamento dos cantos da boca, a exposição dos dentes, a abertura da boca, e o posicionamento da cabeça e cauda servem como sinais do humor ou intenções de um indivíduo. Orelhas baixadas contra a cabeça é sinal de perigo, especialmente quando acompanhada por uma cabeça baixa e boca aberta.
Com a zebra-da-planície, seis chamadas e duas expressões faciais são usadas na comunicação entre indivíduos. Três dessas chamadas são usadas como alerta de predadores ou chamados de ameaça, um é usado para comunicar lesão, outro é usado em perigo, e o último é usado no contato entre indivíduos. Além disso, elas são capazes de reconhecer visualmente entre si com base nos padrões das listras, que são únicos para cada indivíduo. Garanhões de diferentes grupos cumprimentam uns aos outros com as orelhas para cima.
Zebras-da-montanha fazem uma variedade de vocalizações. Garanhões fazem uma chamada aguda ou bufam para alertar membros do rebanho ao perigo. Garanhões solteiros fazem um guincho longo quando confrontados por um macho líder do rebanho. Para expressar contentamento quando se alimentam, zebras-da-montanha fazem um som suave causado por forçar o ar entre os lábios fechados.
Zebra mostrando o incisivo, como ato de inferioridade perante animais mais velhos.
Durante rituais de saudações, as zebras-da-montanha tocam narizes e comunicam a classificação pelo posicionamento das orelhas. Como um gesto de inferioridade, os indivíduos mais jovens mantem seus ouvidos para o lado e fazem movimentos de mastigação com os incisivos expostos ao cumprimentar adultos.26 27 Zebras-de-grevy são muito vocais, embora não tão vocais como as zebras-das-planícies. Seu vocabulário inclui vários tons distintos. Os indivíduos muitas vezes emitem esses tons quando eles estão fugindo de predadores ou quando eles estão lutando.28

Reprodução

Zebra-da-planície

Acasalam o ano inteiro mas picos de nascimentos ocorrem principalmente durante a estação chuvosa. O período de gestação dura cerca de 360-396 dias de hoje, e um único jovem é produzido, que é capaz de ficar em pé quase imediatamente e começa a pastar dentro de uma semana. O potro é desmamado entre 7 e 11 meses e atinge a puberdade aos 16 a 22 meses. O jovem dispersa voluntariamente do grupo com idade entre um e três anos, com os machos se juntando aos grupos de solteiros, até capaz de competir com cerca de 4 anos de idade.
Zebras-da-planície machos às vezes disputam as fêmeas. Cratera de Ngorongoro, Tanzânia
Zebras-da-planície são poligâmicas; um garanhão macho conduz e acasala com o harém de fêmeas. Competição entre machos não é significativa, uma vez que os machos obtêm uma fêmea, parece haver um "acordo de cavalheiros" entre os garanhões que esta fêmea foi tomada e não pode ser atraída para longe. As fêmeas não dão sinais externos de estro, com exceção de seu primeiro estro. Durante seu primeiro estro, as fêmeas sinalizam estado reprodutivo aos machos através da urina. Estas fêmeas assumem posições particulares com a cabeça para cima, como um cisne, pernas abertas e rabos para cima. Ela é, então, cortejada por vários machos na área, por ambos garanhões dominantes que já levam um harém e machos solteiros à procura de um harém.
Fêmea de zebra-de-chapman (Equus quagga chapmani) com seu filhote. Zoológico de Delitzsch, Saxônia,Alemanha
Eventualmente, pode-se tentar sequestrar a fêmea do seu grupo natal, mas o macho dominante, seu pai, tenta impedir, geralmente sem êxito. As fêmeas não ovulam durante o primeiro estro. Nos próximos dois anos após o seu primeiro estro, elas não vão copular com machos e podem deslocar-se de grupo em grupo, até se fixar em um harém para o resto de suas vidas. Garanhões lutam pelo acesso às fêmeas em seu primeiro estro. Os machos mordem, chutam com seus cascos, e circundam os seus concorrentes. O resultado é vital, porque o vencedor da luta obtém oportunidades de acasalamento para a vida. Os machos também mostram um excesso de comportamento carinhoso, para persuadi-las a entrar em seu harém.

Zebra-da-montanha

A época de reprodução de zebras de montanha dura todo o ano. Em E. z. zebra, há um pico de nascimento de dezembro a fevereiro. EmE. z. hartmannae, há picos de novembro a abril. O período de gestação para as duas subespécies é de aproximadamente um ano, e um potro é produzido por estação de monta. Filhotes pesam cerca de 25 kg no nascimento, e comprimento da cabeça e corpo é de cerca de 120 cm. Potros são desmamados por volta dos 10 meses de idade.
Zebra-da-montanha-de-hartmann amamentando seu filhote.
A idade da maturidade sexual em E. zebra diferente entre machos e fêmeas. Os testículos de E. z. hartmannae atingem o tamanho máximo em aproximadamente 42 meses de idade. Os machos são capazes de adquirir e manter um rebanho entre 5 a 6 anos. Zebras-da-montanha tem seu primeiro filhote entre 3 e 6 anos de idade, com a idade média de primeira parição sendo 66,5 meses. As fêmeas têm um intervalo de 1 a 3 anos, podendo permanecer reprodutivamente ativo até cerca de 24 anos de idade.
Um macho acasala com quaisquer mulheres que entram em seu território, se elas estão em estro. Éguas são geralmente poliândricas e acasalam com um macho antes de mudar territórios e acasalar com outro, embora, por vezes, tornam-se éguas monogâmicas. Quando uma égua permanece em um único território, normalmente porque ela deseja os recursos que estão presentes nesse território, ela vai ficar com um único macho e acasalar apenas com ele.

Zebra-de-grevy

Zebras-de-grevy podem acasalar durante todo o ano, mas a maioria de reprodução ocorre de julho a agosto e setembro a outubro. Quando os recursos se tornam escassos, com uma queda na saúde corporal, as fêmeas podem não entrar em cio. Potros nascem após um período de 13 meses de gestação , geralmente nos meses chuvosos do ano. Picos geralmente ocorrem em maio e junho, o período de chuvas longas, e em novembro e dezembro, o período de chuvas de curta duração. O recém-nascido liberta-se da membranas amniótica e se arrasta em direção à cabeça de sua mãe. A mãe lambe-o para ficar limpo e ingere a membranas e algum líquido amniótico, que podem ser importantes para iniciar a lactação ou o vínculo maternal.
Zebra-de-grevy com seu fihote. Note a coloração castanho-avermelhada comum em filhotes de zebra.HampshireInglaterra.
Potros levam uma média de 275 dias para serem desmamados. Uma vez desmamados, eles continuam a ficar com a mãe. As fêmeas se dispersam mais cedo do que os machos, e se dispersam com 13 a 18 meses e os machos muitas vezes ficam com a mãe por até 3 anos. Um potro recém-nascido é castanho-avermelhado com uma longa crista sobre as costas e barriga. Zebras fêmeas mantem outras zebras a uma distância de modo que o potro se vincule a mãe (cunhagem). Potros recém-nascidos podem caminhar apenas 20 minutos depois de nascer e correr depois de 40 minutos , que é uma adaptação muito importante de sobrevivência para esta espécie andante emigratória. Eles são dependentes de suas mães por leite até atingirem cerca de 6 a 8 meses de idade. As fêmeas atingem a maturidade sexual em torno dos 3 anos de idade e os machos atingem a maturidade sexual em torno dos 6 anos de idade. As fêmeas tendem a conceber uma vez a cada dois anos.

Predação

Sua principal defesa é a corrida e atinge velocidades de até 64 km/h. Seu principal predador é o leão e a principal defesa é a corrida que pode fazer a até 64 km/h. Entretanto ela pode morder e dar coices, e existem registros de leões mortos por elas ao quebrar a mandíbula com seu poderoso coice.34 No entanto, um predador atacando provavelmente agarrará o pescoço do animal com um salto rápido, o que impede a zebra de agir.

Dieta

Zebras são animais herbívoros e primordialmente pastam para se alimentar, mas também se alimentam de arbustos, folhas e galhos.
Zebras se alimentam primordialmente de pastagens.
Como resultado de um sistema digestivo intestino grosso eficiente, a zebra-da-planície é capaz de sobreviver mediante vegetação grossa o que seria insuficiente para satisfazer as exigências energéticas de outros ungulados. Como tal, a zebra-da-planície é capaz de fazer migrações de longa distância em busca de comida, e muitas vezes é a primeira espécie pastadora a colonizar áreas inexploradas de pastagens. Remove plantas de crescimento mais resistente e tem um papel ecológico importante em permitir que outros ungulados possam ter acesso à plantas macias de crescimento jovem. Em algumas partes de sua distribuição geográfica, a zebra-das-planícies é sedentária, enquanto em outros, como o Serengeti, ela passa por movimentos sazonais em resposta à disponibilidade de água.
Na época da seca, quando as gramíneas não são tão abundantes, folhas constituiem até 30% da dieta das zebras-de-grevy. Zebras-de-grevy podem digerir diversos tipos e partes de plantas que o gado não pode. Zebras-de-grevy são dependentes de água e, muitas vezes, migram para pastagens ao alcance diário de água. A maioria das zebras-de-grevy podem sobreviver sem água por até cinco dias, mas as fêmeas lactantes devem beber pelo menos a cada dois dias, a fim de manter a produção de leite saudável.

Domesticação

Várias tentativas foram feitas para domesticar a zebra, sem êxito. Usar a zebra para fazer o trabalho de cavalos, mulas e burros era uma ideia muito popular no final do século XIX, e houve tentativas generalizadas para o fazer. A mais famosa delas, e a mais bem-sucedida, foi a do zoólogo Lionel Walter Rothschild. Ele fez um grande esforço para fazer zebras puxarem carruagens e dirigiu uma carruagem de 6 zebras até o Palácio de Buckingham, a fim de comprovar a viabilidade.
WalterRothschild e sua famosa carruagem de zebras, que ele costumava usar em Londres.
Rothschild não treinou zebras para serem montadas. Ele percebeu que isso não era prático por duas razões. Em primeiro lugar, são animais de pequeno porte e não animais com costas fortes o suficiente para suportar o peso de um homem. Além do mais, zebras são agressivas, pois evoluíram na África, onde os leões são seu principal predador.
Em 1907, Rosendo Ribeiro, o primeiro médico em NairóbiQuênia, usou uma zebra para chamadas de casa. Em meados do século 19 o governador George Grey importou zebras para a Nova Zelândia a partir de suas cavalgadas anteriores na África do Sul, e as usou para puxar sua carruagem em sua ilha privada Kawau.
Capitão Horace Hayes, em "Points of Horse" (cerca de 1893), comparou a utilidade de diferentes espécies de zebra. Em 1891, Hayes amansou um maduro e intacto garanhão de zebra-da-montanha para montar em dois dias, e o animal foi tranquilo o suficiente para a sua esposa a montar e ser fotografado em cima. Ele descobriu a zebra-da-planície fácil de amansar, e considerou ideal para a domesticação, já que era imune à picada da mosca tsé-tsé. Ele considerou o quagga (agora extinto) bem adequado à domesticação por ser fácil de treinar com sela e arreios.